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As primeiras famílias do povoado

Germano Xavier Mendonça

Com a criação da freguesia São Bento de Araraquara, em 1817, originária na sesmaria do Ouro, entre 1830 e 1860 houve a expansão do pastoreio em direção aos rios Grande e Moji-Guaçu. Daí iniciou-se a lavoura de cana. Com um número grande de imigrantes chegando à região houve vários conflitos por terras.

Os foragidos e aventureiros que aqui chegaram – com a ausência da lei e a tensão e a defesa da terra, levou muitos sesmeiros a fazer a sua própria justiça. Por outro lado, era necessário evitar a saída de mão-de-obra, valorizada pela alta da cana, para não haver prejuízo e atraso no desenvolvimento agrícola.

Foi nessa euforia que, em 1854, chegaram as primeiras famílias no povoado: a família de Germano Xavier de Mendonça, seguidas pela Martimiano de Oliveira, se estabelecendo nas sesmarias de Rancho Queimado e de Cruzes, respectivamente. Mais tarde, as famílias de Manoel Antonio Borba e do coronel Américo de Toledo Pizza.

O nome ao povoado de Américo Brasiliense foi dado por Manoel Antonio Borba, homenageando seu amigo republicano, Américo Brasiliense de Almeida e Mello.

Américo Brasiliense: um governo em transição

Américo Brasiliense de Almeida e Melo

Nascido em Sorocaba, São Paulo, em 08 de agosto de 1833 e faleceu no Rio de Janeiro, no antigo Estado da Guanabara, em 25 de março de 1896.

Após formar-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1855, defendeu tese em doutorado em 1860. Seguiu para Sorocaba, onde exerceu advocacia e iniciou sua carreira política. Foi vereador em São Paulo, deputado provincial e geral, presidente da Paraíba (1866), do Rio de Janeiro (em 1868), e de São Paulo (em 1891, já no regime republicano), ministro do Supremo Tribunal Federal. Recusou o Ministério da Fazenda e exerceu pleno poder em Lisboa. Ajudou a elaborar a primeira Constituição brasileira, em 1891. Viveu todo o período da história brasileira que relata a passagem do sistema monárquico para o republicano. Com vários amigos, fundou a Loja América – pertencente à maçonaria e fórum de propaganda republicana e abolicionista. Escreveu várias teses acadêmicas.

Já no regime republicano, quando era governador do Estado de São Paulo, fez um governo divergente. O jornal anarquista “O Estado de S. Paulo”, fazia oposição ferrenha à Américo Brasiliense. Num dos artigos publicados no dia 15 de dezembro de 1891, o jornal ataca severamente o governador. Era um período que viria retratar, mais tarde, as manifestações políticas e culturais que influenciaram o Brasil.

Fonte : americobrasiliense.sp.gov.br


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